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Comprimidos de dividir ao meio

Por vezes, um médico dá instruções ao paciente para reduzir a dose de um medicamento receitado em 50%.

Obviamente, se o comprimido tiver um revestimento entérico, ou estiver num encapsulamento especial (como com medicamentos como Pristiq), não deve ser dividido ao meio.

Mas e os outros medicamentos? Podem ser divididos ao meio?

Ouvi dizer que, a menos que a pílula seja marcada, o paciente não deve dividi-la ao meio. O raciocínio que sempre me foi apresentado é que o ingrediente activo da pílula pode não ser distribuído uniformemente.

Isto é verdade? Ou é uma forma de vender mais medicamentos e aumentar os lucros?

Existe alguma evidência científica (ou mesmo anedótica) a este respeito?

Respostas (1)

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2016-03-15 22:19:47 +0000

Sim, é verdade, ou pelo menos pode ser verdade para uma determinada pílula. Nos EUA, a FDA só aprova especificamente a divisão das pílulas quando o fabricante as planeia incluir no seu pedido de aprovação de medicamentos. Ao incluí-la no seu pedido, a FDA exigirá que o fabricante apresente provas de que o fraccionamento das pílulas resulta em doses iguais e eficácia igual. Sem essas provas, o consumidor não tem forma de ter a certeza de como se comportará. Talvez não haja problema e talvez não haja. Per the FDA :

A FDA aprovou medicamentos em que a divisão dos comprimidos faz parte da aplicação de medicamentos do fabricante. “Se o comprimido for aprovado para dividir, a informação será fornecida na informação profissional de prescrição do medicamento”, diz Mansoor Khan, Ph.D., director da Divisão de Investigação da Qualidade do Produto no Office of Pharmaceutical Science da FDA.

É bastante rebuscado pensar que os fabricantes vão aumentar os lucros dizendo aos consumidores que os seus comprimidos não devem ser divididos. A percentagem de pacientes a que se candidatariam seria pequena, uma vez que os médicos não fazem uma prática de prescrever mais fortes do que os pacientes realmente precisam. Além disso, as dosagens dos comprimidos são dimensionadas para satisfazer a maioria das necessidades dos doentes, pelo que qualquer aumento dos lucros que efectivamente realizassem seria trivial e provavelmente não valeria o risco das más relações públicas que resultariam de serem descobertas.