Efeitos ginecológicos
Meczekalski et al. (2013) constataram que, para além dos problemas de fertilidade e afins,
As taxas de complicações congénitas e baixo peso à nascença podem ser mais elevadas em mulheres com AN anterior.
Os efeitos ginecológicos relacionados foram muito mais graves em mulheres com a doença.
Este artigo também declara que
Parentes femininos de primeiro grau e descendentes gêmeos monozigóticos de pacientes com anorexia nervosa têm taxas mais elevadas de anorexia nervosa e bulimia nervosa. As crianças de pacientes com anorexia nervosa têm um risco vitalício de anorexia nervosa dez vezes superior ao da população em geral (5%). As famílias de doentes com bulimia nervosa apresentam taxas mais elevadas de abuso de substâncias, nomeadamente alcoolismo, perturbações afectivas e obesidade. Traços como impulsividade, efeito negativo, perfeccionismo e baixa auto-estima são factores de risco que podem ser em grande parte determinados geneticamente.
Efeitos neurológicos
Wagner et al. observaram que um ano após a recuperação da anorexia, a matéria branca, a matéria cinzenta e os níveis de líquido cefalorraquidiano voltaram ao normal, comparáveis aos níveis observados num grupo de controlo sem historial de anorexia. Por outras palavras, este efeito dissipou-se após a recuperação.
Kaye et al. (1999) observaram que os níveis de um metabolito de dopamina continuaram a manter-se baixos um ano após a recuperação. Isto poderia ser responsável pelas alterações de humor associadas à doença antes, durante e após a recuperação.
** Efeitos ósseos**
Mehler & Brown (2015) observam que, embora os efeitos de perda de massa óssea sejam comuns em doentes com anorexia, estes doentes podem nunca recuperar, especialmente se a doença atacar durante a adolescência. As probabilidades de uma fractura ao longo da vida são cerca de 60% mais elevadas, tal como encontrado por Faje et al. (2014) , que estudou 310 adolescentes (12-22 anos) do sexo feminino com anorexia e 108 sem anorexia. Especificamente, verificaram que o grupo controle tinha cerca de 20% de chance de fratura, enquanto o grupo com anorexia tinha cerca de 30% de chance de fratura.