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No parto, o braço de um gémeo pode sair do útero e depois a outra criança nasce primeiro?

Há uma história de um nascimento de gémeos de Génesis 38:27-30 com alguns detalhes que levantam algumas questões médicas. Entre eles:

Está implícito que antes do nascimento, eles sabiam que a mãe tinha gémeos. A primeira coisa a sair do útero foi o braço de um bebé (sobre o qual a primeira coisa que a parteira faz é atar-lhe um fio carmesim). O braço volta a entrar no útero. O outro bebé nasce, seguido do que tem o fio.

Sem usar tecnologia médica moderna, alguma dessas coisas são medicamente impossíveis ou são apenas incomuns?

Respostas (1)

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2015-06-03 19:06:20 +0000

“Quando chegou a hora de ela dar à luz, havia meninos gémeos no seu ventre. Quando ela estava a dar à luz, um deles estendeu-lhe a mão; então a parteira pegou num fio escarlate e amarrou-o no pulso dele e disse: "Este saiu primeiro”. Mas quando ele puxou a mão para trás, o irmão dele saiu e ela disse: “Então foi assim que tu saíste”! E chamava-se Perez. Então o seu irmão, que tinha o fio escarlate no pulso, saiu. E chamava-se Zerah"_ - Génesis 38: 27-30

Está implícito que antes do nascimento, sabiam que a mãe tinha gémeos.

Qualquer boa parteira pode determinar quando uma mulher está a carregar gémeos. O útero será maior, e haverá excesso de tudo: excesso de cabeças, excesso de uropígios, excesso de espinhas dorsais (estas são coisas que podem realmente ser sentidas e localizadas no exame manual). No final da gravidez, se ambos os gémeos estiverem com a cabeça para baixo (a apresentação habitual e mais comum), haverá dois uropígios no topo.

A primeira coisa a sair do útero foi o braço de um bebé… O braço volta a entrar no útero.

Na minha experiência médica no parto de bebés (já fiz um número significativo), isto é bastante improvável _ se a história for contada sem incluir pausas_. Para começar, as águas teriam de ter partido - pelo menos um saco se fossem gémeos diamnióticos dicoriónicos, o que é mais comum para gémeos não idênticos (que eram). Isto ocorre normalmente muito próximo da hora do nascimento, quando a pélvis já estaria ocupada por uma cabeça. Não há muito espaço para as mãos e braços balançarem livremente.

A primeira coisa a sair do útero foi o braço de um bebé (sobre o qual a primeira coisa que a parteira faz é atar-lhe um fio carmesim).

No entanto, ** apresentações compostas*** podem ocorrer numa pélvis “espaçosa”, sendo mais provável que ocorram quando a pélvis não está totalmente ocupada pelo feto devido ao baixo peso à nascença, gestações múltiplas , polidrâmnios, ou uma grande pélvis. Ocorrem em gestações de uma só vez em cerca de 1.500 nascimentos e, normalmente, a parte “mal colocada” é uma mão ou um braço. Em geral, se deixados sem vigilância, a _ mão se retrai_ ou o braço se estende_ à medida que o trabalho de parto avança.

…os nascituros têm todos os seus reflexos no útero, [portanto] os nascituros são plenamente capazes, dentro das limitações do espaço disponível, de reagir como reagiriam como os recém-nascidos. A abordagem mais simples, portanto, pode ser a de aplicar um estímulo benigno e nocivo, tal como uma ligeira picada na ponta de um dedo da mão que avança. Aplicando um estímulo nocivo benigno (entre contracções, claro), a mão pode retirar-se e nunca mais aparecer na posição indesejada.

No Génesis, note-se que só a mão saiu, e como normalmente se retrai, isto é possível. A amarração do fio à volta do braço do bebé pode ser estímulo nocivo suficiente para o fazer retrair.

Como disse, com gémeos há menos espaço, contudo

Ruptura das membranas quando a parte que se apresenta ainda é alta também aumenta o risco de apresentação de compostos, prolapso do fio, ou ambos… Em gestações múltiplas, um cenário possível envolve a cabeça do primeiro gémeo e uma extremidade do segundo gémeo no interior do canal de parto.

Gestações diamnióticas dicoriónicas com dupla gravidez Imagem de Sobre Gravidez Múltipla Apresentações Compostas Gestão do feto com apresentação composta